Público interno deve ser ouvido e valorizado pela comunicação corporativa
Uma das mudanças mais visíveis que ocorreram nas empresas nesses últimos 20 anos é a forma como se dá o relacionamento com o público interno. Alçados à condição de “clientes”, os funcionários vêm ganhando o devido reconhecimento de sua importância para a garantia da qualidade de produtos e serviços oferecidos aos consumidores. Ainda mais quando é preciso ganhar espaço em mercados onde a concorrência é feroz. As companhias investem pesado na comunicação, por meio de murais, rádios, publicações e conversas. O objetivo é conseguir a adesão dos funcionários aos valores corporativos e incentivá-los a “vestir a camisa”. O benefício intangível de fazer a equipe se sentir parte de uma grande família é a possibilidade de reter talentos.
Nas grandes corporações, com fábricas e escritórios instalados em vários pontos do país ou até mesmo no exterior, em que há pessoas de culturas muito variadas, a maior parte da comunicação precisa ser produzida sob medida. ” As pessoas precisam enxergar, se ver na comunicação. É preciso falar de coisas relevantes para elas até para passar a cultura e valores e empresa”, explica a gerente de comunicação empresarial da Braskem, Ana Laura Silvieri.
Em uma época de fusões, incorporações e associações, o grande desafio é estabelecer canais de relacionamento com o novo público. “Na gestão compartilhada, não dá para chegar com um manual embaixo do braço, não basta tentar impor sua marca”, diz o responsável pelo departamento de marketing, comunicação e sustentabilidade da CCR, Francisco Bulhões. “É preciso muito diálogo e o processo precisa ser cuidadosamente avaliado para não desperdiçar recursos e, principalmente, não desgastar a imagem da companhia.”, completa.
Fonte: revista Valor Setorial – Comunicação Corporativa