Conjunto de práticas bastante comum em países desenvolvidos, o conceito de empresa “family friendly” (“amigas da família”, em tradução livre) vem ganhando força no Brasil. Mais do que uma opção, a adoção de medidas que privilegiem o bem-estar e convívio dos colaboradores com suas famílias deve ser considerada como uma questão de sobrevivência em um cenário pós-pandemia.
A relação entre família e trabalho vem se estreitando, com impactos diretos da boa convivência do primeiro grupo em uma menor rotatividade e maior produtividade no segundo.
Um estudo realizado em 7 países pela Sodexo (empresa de serviços de alimentação) concluiu que os empregadores que se esforçam por criar um ambiente equilibrado sólido entre trabalho e família conseguem maior retenção de talento, reconhecimento e produtividade. Na mesma pesquisa, 89% dos gestores de pequenas e médias empresas afirmaram identificar um aumento na produtividade e eficiência após a aplicação de medidas para que os colaboradores organizem melhor as suas vidas pessoais.
Mas como a sua empresa pode passar a adotar medidas que a tornem “family friendly”? As possibilidades são vastas. Confira algumas:
– Médicos de família integrados à empresa
– Extensão da licença-paternidade
– Local e horário reservados para amamentação
– Horários flexíveis
– Home office
– Espaço para crianças nas empresas
Os bons resultados obtidos a partir dessas e de outras medidas aparecem a longo prazo. É preciso que empregadores entendam as necessidades dos seus colaboradores, encontrem um ponto de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e, principalmente, tenham paciência. Diante do cenário que vivemos e o que se vislumbra pós-pandemia, é possível cravar: quem não for flexível ou não humanizar as relações de trabalho, dificilmente sobreviverá.