Levantamento da Salesforce Marketing Cloud identificou os principais pontos nas três plataformas de mídias sociais.
Nos últimos 18 meses houve uma mudança sísmica na paisagem digital e de publicidade. Algumas das principais mudanças foram os dispositivos móveis estão se consolidando ainda mais como a “primeira tela”; de acordo com o Yahoo, as pessoas gastam mais tempo por dia em seus dispositivos móveis do que assistindo TV.
O estudo se concentrou nas principais tendências relacionadas às três plataformas de mídias sociais, com dados agregados da Salesforce Marketing Cloud que inclui mais de dois trilhões de impressões de anúncios e 200 bilhões de engajamentos publicitários totais no quarto trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2015.
Em 2014, a publicidade digital ultrapassou em receita tanto os anúncios de TV aberta quanto aqueles da televisão a cabo nos EUA, relata o Interactive Advertising Bureau (IAB), passando a ser um canal único. Os gastos com publicidade em mídias sociais estão explodindo. Por exemplo, o IAB relata que no Reino Unido, a publicidade em mídias sociais (liderada por nomes como Facebook, Twitter e LinkedIn) chegou a quase £$ 1B em 2014, representando um aumento de 65% em relação ao ano anterior.
Estão emergindo novos canais de publicidade, incluindo Instagram e Snapchat, com novas maneiras de alcançar o público em todas as etapas do funil de marketing. Está acontecendo uma consolidação considerável no ecossistema de tecnologia de publicidade, que inclui aquisições e empresas fechando suas portas.
A época em que publicidade, marketing e CRM atuavam de forma isolada está acabando. Novas tecnologias têm surgido que criam a capacidade de coordenar e medir esforços com precisão em todos os canais, permitindo uma estratégia verdadeiramente omni-channel focada e centrada na jornada do cliente.
As principais tendências e dados que a Salesforce identificadas:
Globalmente, o custo por mil impressões (CPM) global diminuiu 11%, para US$ 3,30. Isso reflete as tendências sazonais normais em publicidade digital, com custos mais elevados no quarto trimestre, devido à demanda publicitária por anúncios sobre férias. O próprio Facebook mostra aumento de receita total no 4º trimestre em relação ao primeiro trimestre, tanto neste ano como no ano passado, de acordo com o total da indústria de publicidade, uma vez que ele amadureceu e se tornou o canal principal de publicidade digital.
Nos Estados Unidos, o CPM global do Facebook diminuiu do quarto trimestre para o primeiro trimestre, para US $ 3,72. Ao mesmo tempo, a taxa de cliques (CTR) nos EUA aumentou para 0,86%, indicando um envolvimento saudável com os anúncios. Reduções semelhantes no CPM foram vistas em vários outros países, incluindo França, Alemanha e Japão. Anúncios que visam consumidores nesses países, no entanto, mostraram um pequeno decréscimo na taxa de cliques (CTR), e os custos por cliques (CPCs) diminuíram relativamente menos do que Os custos por mil impressões (CPMs).
No Brasil, diferentemente da média mundial e do cenário norte-americano, o CPM global do Facebook aumentou do quarto trimestre para o primeiro trimestre, passando de R$ 3,78 para R$ 4,34. Um aumento nesse índice também foi observado no Reino Unido e Austrália. O CPC também aumentou no Brasil, passando de R$ 0,37 no quarto trimestre para R$ 0,41 no primeiro trimestre, assim como a CTR, que passou de 1,03% em Q4 para 1,06% em Q1.
Os aplicativos móveis são um componente crítico de como os consumidores gastam o seu tempo; de acordo com o Yahoo, 88% do tempo que os consumidores passam em dispositivos móveis é gasto em apps, totalizando 37:28 horas por mês, de acordo com a Nielsen. No geral, a Nova Zelândia e a Suécia foram os países mais caros para executar campanhas em aplicativos móveis no primeiro trimestre, entre US$ 6,16 e US$ 5,28, respectivamente. Em seguida estão Austrália (5,22 dólares), Canadá (4,72 dólares) e um conjunto de países europeus, que vão desde a Alemanha até a Espanha. Os Estados Unidos (3,04 dólares), e Japão (2,79 dólares) são os próximos. Já o Brasil foi o país com melhor custo para executar campanhas em aplicativos móveis no mesmo período (US$ 1,00).
Nos dois primeiros trimestres, O CPM do feed em desktops foi muito maior do que O CPM do feed de dispositivos móveis nos Estados Unidos. No quarto trimestre, O CPM do newsfeed dos desktops foi de US$ 12,69, e O CPM do newsfeed dos dispositivos móveis foi de US$ 7,22. Essa lacuna cresceu ainda mais no primeiro trimestre, com o valor em desktops subindo para 12,86 dólares, e nos dispositivos móveis, na verdade, diminuindo para 6,63 dólares.
Os consumidores estão gastando cada vez mais tempo no Facebook através de dispositivos móveis, o que aumenta a relação disponível de impressões no celular. Vários tipos de anunciantes ainda se concentram em anúncios para desktops, incluindo as empresas de comércio eletrônico que ainda estão usando soluções de segmentação tradicionais no Facebook que visam somente desktops, em vez dos Dynamic Product Ads.
Ao mesmo tempo, o porcentual de usuários do Facebook que só usam o aplicativo de desktop continuou a cair, atingindo uma baixa de 14,7% no 1º trimestre, uma queda de 16,2% no 4º trimestre e de 24,1% no 1 º trimestre de 2014.
O Facebook Audience Network é um jeito relativamente novo de inserção de anúncios, e no presente relatório, nós fornecemos uma visão antecipada de sua eficácia para anúncios de Mobile App Install. Para estes, o Facebook Audience Network forneceu um CPM 9% menor do que usar apenas o Mobile Feed no primeiro trimestre.
No entanto, os anunciantes estão se engajando com os anúncios a uma frequência menor no Facebook Audience Network, como é mostrado por uma CTR 20% inferior, e então uma frequência de conversão de instalação 3% menor com as pessoas que realmente clicam nos anúncios. Esses fatores levaram a um índice de desempenho de custos (CPI) 18% maior (2,87 dólares contra 3,37 dólares). Os anunciantes que usam o Facebook Audience Network devem testar a sua segmentação de anúncios, a fim de manter taxas de conversão de instalação suficientemente elevada, e o CPI desejado.
No Twitter, o Promoted Tweet CPE foi diminuido entre o quarto e o primeiro trimestre. No entanto, o engajamento com os anúncios caiu de 2,28% para 2,00%, e o CPM diminuiu para 8,92 dólares. Nessa rede, os anunciantes não podem usar uma base de CPM, mas sim pedir algum tipo de ação, como um clique em um Tweet, em links ou visualizações de vídeos. Portanto, você pode se concentrar em medir as métricas específicas que são importantes para as suas campanhas.
No LinkedIn, o CPM nos Estados Unidos diminuiu 7% do Q4 ao Q1, para 13,05 dólares, indicado por um amadurecimento geral da plataforma de anúncios. A receita do LinkedIn com anúncios, de acordo com o seu mais recente relatório, tem aumentado rapidamente, com US$ 119 milhões provenientes da venda de anúncios no Q1 de 2015, um aumento de 38% em relação ao Q1 2014. Ao mesmo tempo, os Sponsored Updates (o bloco de anúncios in-feed que o Social.com suporta) subiu para 40% da receita de publicidade, quase o dobro do ano anterior, de acordo com a Ad Age. A ligeira diminuição do CPM indica que mais anunciantes estão comprando mais anúncios, e que os anunciantes existentes não estão apenas pagando mais para o mesmo inventário. Isso são bons sinais para a saúde do ecossistema da publicidade do LinkedIn.
Este relatório de benchmark foi um projeto colaborativo e incluiu os esforços de Chris Jacob, Zachary Reiss-Davis, Kyle Graden, Hilary Givens, e Julien Grouteau, com patrocínio executivo de Liam Doyle.
Para mais tendências, incluindo uma análise detalhada das indústrias por países, confira o relatório de benchmark completo.