Blogs ainda são foco das companhias para gerar credibilidade entre o público
De acordo com estudo divulgado pela empresa de relações públicas Burson-Marsteller, 88% das organizações brasileiras utilizam frequentemente pelo menos uma das seguintes mídias sociais: Twitter, Youtube, Facebook, Google Plus e blogs como plataforma de comunicação.
Os números revelam o que ficou nítido nos últimos anos: um verdadeiro boom de novos perfis de empresas na internet. Se antes era preciso apenas ter um bom site para mostrar os serviços oferecidos e mostrar a imagem institucional, hoje talvez seja necessário estar em cada uma dessas novas mídias.
É o que o estudo revela:o uso das redes se tornou parte da estratégia das empresas. Um pouco mais que a metade das companhias com sede no Brasil já está no Facebook, perfis corporativos que têm, em média, mais de 515 mil fãs.
Os blogs continuam
O trabalho de Burson-Marstelle mostra uma leve queda na utilização de blogs corporativos no Brasil: 8% em relação a 2010. No entanto, muitos blogueiros se tornaram formadores de opinião e conquistaram o interesse das empresas, que procuram diversificar seus canais de comunicação online.
Os blogs deixaram de ser apenas diários virtuais. Muitos se tornaram verdadeiras revistas eletrônicas, com milhares de adeptos e cada vez mais espaço na internet. “O bom blogueiro tem um ativo valorizado, que é a credibilidade, algo que conquistou leitores e fãs e faz com que as empresas o procurem”, fiz Nino Carvalho, professor e coordenador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em entrevista à revista Comunicação Empresarial.
Nas assessorias de comunicação
Os blogs tem uma relação mais estreita com os leitores. Eles têm conteúdo próprio, mas também hospedam informações de outros veículos de comunicação, como jornais impressos ou revistas. Por isso, os blogueiros entraram no “radar” das assessorias de imprensa: “Lidamos com os erros de blogueiros da mesma maneira como lidaríamos com os erros da mídia tradicional: ignoramos as coisas pequenas e respondemos as coisas importantes, corrigindo as informações erradas com vigor e rapidez quando a questão é importante”, disse um comunicador do governo norte-americano na publicação “A Responsible Press Office in The Digital Age”, de Marguerite Sullivan.
Jeffrey Sharlach, fundador e CEO do Jeffrey Group, é mais radical. “Antes do boom da internet, para se atingir milhões de pessoas usava-se apenas a mídia, o jornalista. Hoje você não precisa mais da mídia para divulgar uma empresa, embora ela seja importante para isso”, diz Jeffrey Sharlach, fundados e CEO do Jeffrey Group. No entanto, ele reconhece que, devido a velocidade de compartilhamento das informações nas redes sociais, é preciso estar sempre atento as demandas urgentes. “É preciso fazer um monitoramento em esquema 24×7 (horas/dias). Se algo acontece no sábado, não dá para esperar até segunda para responder ou tomar uma atitude”.
Com informações da revista Comunicação Empresarial, publicação da Aberje.